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01 mar 2018 - 02:23
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Fórum discute formas de monitorar a emissão de gases que causam o efeito estufa

A discussão que envolve práticas visando à redução de emissões de carbono pela agropecuária de Mato Grosso do Sul teve a participação de agentes do setor agropecuário do Brasil e do Paraguai, como Juan Francisco Facetti - assessor do ministro da agricultura e pecuária daquele País e da engenheira Paula Durruti - diretora de cooperação e coordenadora da Comissão Nacional de Mudanças Climáticas.

Do Brasil, ativamente nos trabalhos do Fórum e do Workshop participaram: Aloisio Lopes de Melo, da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (MF), Pedro Alves Correa Neto, do Ministério da Agricultura (MAPA), Marcio Rojas da Cruz, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, chefes da Embrapa Informática Agropecuária, Pecuária Sudeste, Meio Ambiente, Florestas e Gado do Corte - coordenadora do evento, além de outras autoridades externas como do WRI Brasil, da Confederação Nacional de Agricultura, Korin Agropecuária, da rede de fomento-ILPF e Abrasel.

O Fórum denominado 'Oportunidades de precificação de carbono no setor agropecuário' foi aberto nesta terça-feira, 27, no auditório do Sistema Famasul - Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, com uma série de apresentações. Nesta ocasião foi lançado pelo governo do Estado de MS o 'Programa Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal' que visa agregar valor à carne pantaneira priorizando a preservação ambiental, o bem-estar animal e a produção de uma carne de qualidade livre de resíduos químicos. Segundo o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, que participou das solenidades, 'haverá incentivos fiscais aos produtores que aderirem o Programa'. Já o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, anunciou que serão implementadas políticas públicas inovadoras no Estado.

O Fórum que teve continuidade nesta quarta, 28, com o Wokshop 'ferramentas de monitoramento de carbono na agropecuária', abriu uma série de discussões sobre as emissões de carbono nas produções industriais e agropecuárias, especialmente em MS. A realização deste Fórum pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte) é uma contribuição e acima de tudo uma necessidade em se cumprir um acordo feito durante a COP 21, quando o Brasil se comprometeu em reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 37% abaixo dos níveis de 2005, até 2025, e, na sequencia, reduzir as emissões de gases em 43% abaixo dos níveis de 2005, até 2030.

Para o Chefe-Geral da Unidade, Ronney Mamede o Fórum possibilitou a discussão dos impactos e das medidas que estão sendo implementadas e das oportunidades de mercado para o Brasil também no cenário internacional. Ele lembra que 'a Embrapa e seus parceiros lideram inúmeros projetos voltados à redução de GEE e que tais projetos tem contribuído para a geração e o refinamento de informações sobre estoques de carbono e emissão de gases no país'.

Workshop apresenta ferramenta que calcula emissão de GEE na pecuária

Viviane Romeiro, Gerente de mudanças climáticas da WRI- Brasil, uma organização de pesquisa para desenvolvimento sustentável com sede nos EUA e que atua no Brasil há mais de 12 anos e em outros países, para proteger o ambiente e criar soluções que contribuam para o desenvolvimento de forma inclusiva e sustentável, é parceira da Embrapa e teve uma participação importante no Wokshop. A gerente apresentou e em uma oficina demonstrou o uso da ferramenta GHG Protocol, que calcula a emissão de GEE. 'O GHG Protocolo Agropecuário é uma ferramenta que estabelece uma abordagem de manejo sustentável de paisagens que permite ao Brasil continuar o desenvolvimento do setor agrícola e ao mesmo tempo reduzir seu impacto nos ecossistemas e no clima. Hoje o setor apresenta um terço das emissões totais de GEE', disse ela, que complementa: "a ferramenta é a primeira planilha a incorporar fatores de emissões específicos para o Brasil e auxilia os produtores rurais a mensurar as emissões desses gases'.

Melhor que quantificar é o produtor poder estabelecer técnicas de baixo carbono para reduzir os impactos ambientais e aumentar a produtividade.Viviane explica que reduzindo a emissão de gases o produtor pode aumentar em cinco vezes sua produtividade. Para isso a adoção de técnicas de baixo carbono como a de recuperação de pastagem degradada ou a adoção da ILPF é um dos caminhos.

O trabalho do WRI se estende por mais de 50 países, com escritórios no Brasil, China, Estados Unidos, México, Índia, Indonésia, Europa e África.

Resumo das discussões sairá em um mês

A coordenadora do Fórum, Lucimara Chiari, Chefe-Adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento da Gado de Corte disse que o evento trouxe para discussão um tema de alta relevância para o setor que são os ganhos que o produtor poderá ter mediante a introdução de ferramentas de precificação de carbono no Brasil. 'Já é fato que o produtor ganha com a adoção de tecnologias de baixo carbono, mas acreditamos que a introdução dessas ferramentas poderá ser um incentivo maior para a descarbonização dos sistemas de produção, contribuindo para que o Brasil atinja suas metas de redução de emissões'.

No Workshop foram apresentadas ferramentas de monitoramento de carbono na agropecuária, como a citada acima, que poderão auxiliar os trabalhos mostrando que as que as pesquisas evoluíram bastante nos últimos 10 anos. Essas ferramentas melhoradas, diz a pesquisadora Lucimara, além de outras, terão um papel vital para os mercados de carbono, qual seja: O Monitoramento, Relato e Verificação (MRV) de emissões de GEE. A chefe de pesquisa informou que será escrito um documento até o início do mês de abril sobre o 'Potencial de precificação de carbono na agropecuária brasileira' a ser entregue ao coordenador do Projeto PMR-Brasil.
Nas discussões foram mostrados dados preocupantes e que merecem atenção e ações que contribuam para a redução das emissões de gases que comprometem o ambiente, como o aumento da temperatura global além do limite considerado administrável de até 2 °C. Outro dado apresentado, este pelo ministério da Ciência e Tecnologia de 31% de emissões de gases no Brasil em 2015 pelas atividades agrícola e pecuária, exige mais que atenção, mas ações mais efetivas.
Para Aloísio Melo (MF) que durante o Fórum apresentou o 'Projeto PMR-Brasil: Explorando instrumentos de precificação de carbono para o Brasil', os desafios são muitos e a redução requer olhar para vários setores da economia. 'No setor agropecuário não é fácil nem simples medir a emissão de gases. Há de se contar com as novas tecnologias, coordenar os vários instrumentos, acompanhar custos e monitorar resultados'.

O evento foi uma realização da Embrapa tendo como co-realizadoras a WRI Brasil e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, em parceria com o Ministério da Fazenda, governo do Estado de MS por meio da Semagro, Secretaria de Estado de Fazenda Associação Brasileira de Pecuária Orgânica entre outros importantes apoiadores.

Fotos do evento
http://bit.ly/2F8IVRf

 

Fonte: Embrapa
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