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20 fev 2020 - 09:20
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Faturamento do setor de biodiesel avançou 11% em 2019

Sempre em frente. Esse pode ser o lema do setor de biodiesel. Dessa vez, a passada até pode não ter sido tão larga quanto a que deu no ano anterior, mas, a verdade é que setor de biodiesel tem pouco do que reclamar de 2019. De acordo com os dados compilados pela plataforma BiodieselDATA, as vendas do biocombustível renderam um pouco mais que R$ 17,2 bilhões às empresas do ramo. Esse montante soma o faturamento com entregas para os mercados regular e autorizativo e os prêmios pagos pela Petrobras para a formação de estoques


O valor está 11,6% acima dos cerca de R$ 15,4 bilhões que haviam sido apurados em 2018.


Esse já é o sexto ano consecutivo em que o mercado quebra o próprio recorde de faturamento. Com exceção de uma pequena queda em 2013, o setor tem conseguido manter uma trajetória ascendente ao longo de praticamente toda a série histórica.


Mesmo nos anos de vacas magras que acompanharam a fase mais aguda da recente recessão da economia brasileira –entre 2015 e 2016 – as usinas tiveram sucesso em aumentar seus rendimentos.


Mas a sorte da indústria virou em março de 2018 quando o B10 substituiu o B8. A nova mistura alavancou a renda do setor que registrou crescimento de impressionantes 37,4%. Comparado a isso, o ano de 2019 – apesar da expectativa da chegada do B11 – estava mesmo destinado a ter um desempenho mais modesto. Até porque o aumento de mistura seria menor e chegaria mais tarde.


Potencial perdido


Mas o resultado ficou aquém do que poderia, já que originalmente o B11 deveria ter entrado em vigor em junho, mas isso não chegou a se concretizar. A falta de entendimento com as empresas do setor automotivo levou o Ministério de Minas e Energia (MME) a adiar o aumento da mistura para setembro.


Calculando grosseiramente, o adiamento pode ter custado cerca de R$ 382,5 milhões às usinas de biodiesel. Isso se considerarmos que os 1,45 bilhões de litros de biodiesel entregues entre os meses de junho e setembro – e consequentemente o faturamento – foram 10% inferiores do que deveriam caso o B11 tivesse sido adotado segundo o cronograma original.


Esse valor extra teria feito com que o crescimento anual registrado entre 2018 e 2019 ficasse próximo de 14,1%.


Mais rápido que o volume


Mesmo com um resultado um pouco mais fraco do que poderia, o faturamento das usinas superou o registrado quando se compara os volumes movimentados. No ano passado, um pouco mais de 5,84 bilhões de litros de biodiesel saíram das plantas com destino às distribuidoras. É uma quantidade 10% superior à de 2018. Com isso, houve uma melhora – 1,5% – no valor médio que as usinas receberam pelo biodiesel entregue.


Cada metro cúbico rendeu a seu fabricante uma média de R$ 2,951,96. Esse é o maior valor recebido pelas usinas no histórico.


Abastecido


O mercado também ficou bem abastecido. As usinas reportaram à ANP terem fabricado praticamente 5,9 bilhões de litros de biodiesel em 2019. Há, portanto, uma folga de 52,5 milhões de litros entre produção e entregas.


Em relação aos volumes arrematados nos certames responsáveis por abastecer o mercado durante o ano passado também não houve maiores problemas. Contabilizados todos os 7 leilões – 6 regulares e 1 complementar –, as distribuidoras arremataram um pouco mais que 6 bilhões de litros.


As entregas feitas pelas usinas, portanto, conseguiram cobrir mais de 97,1% da demanda das distribuidoras.


Menos estoques


O mercado ficou menos dependente dos estoques. Os dados reportados pela ANP e compilados pela reportagem mostram que foram entregues 69,5 milhões de litros de biodiesel dos estoques ao longo de 2019. São cerca de 10 milhões de litros a mais do que em 2018 e bem abaixo do pico de 145,1 milhões registrados em 2017.


Já o mercado autorizativo, embora tenha praticamente quadruplicado de tamanho, continua sendo uma nota de rodapé. Em 2019, o segmento movimentou 19,8 milhões de litros de biodiesel – magros 0,3% do total entregue no período.


Acompanhado essa contração, o valor movimentado pelos estoques caiu para R$ 209,4 milhões. Foram R$ 19,8 milhões em prêmios pagos e outros R$ 189,6 milhões como remuneração pelos contratos efetivamente executados.


Um ano antes, o faturamento com os leilões de estoque foi de R$ 236,1 milhões.


Vale lembrar, contudo, que este ano tivemos um leilão de estoque a menos. Em função das fortes compras, faltou biodiesel para a formação dos estoques no L68.


Para tentar resolver o problema, ANP e Petrobras recorreram à margem de 10% a mais que os contratos autorizam usinas a entregarem. Usando esse atalho, os estoques reguladores movimentaram 18,3 milhões de litros durante o quinto bimestre.


Liderança menor...


Este ano uma tendência de longo prazo do setor de biodiesel se exacerbou ainda mais: a redução do peso das líderes de mercado no total das entregas.


Somados os resultados das cinco usinas que mais entregaram biodiesel em 2019, temos uma fatia de 28,9% do mercado total. Um ano antes, o grupo respondia por 30,8%.
A redução no espaço das líderes não é bem uma novidade. Pelas contas do BiodieselDATA em somente dois anos – 2012 e 2017 – houve concentração de mercado no topo do setor. No restante, as líderes perderam terreno – processo que ganhou corpo ao longo dos dois últimos anos.


Esse share está indo sobretudo para a base da pirâmide. Entre 2018 e 2019, o grupo das menores usinas aumentou sua participação de mercado 31% para 32,7%. Já o grupo intermediário ficou basicamente estável indo de 38,2% para 38,4%.


... e mais embolada


Parte dessa redução se explica por contrações nas entregas da ADM de Rondonópolis e da Oleoplan de Veranópolis. As duas foram, respectivamente, a líder e a vice-líder do mercado de biodiesel em 2018 e viram seus números encolherem bastante – -5,5% e -7% respectivamente – no ano passado.


A unidade da ADM foi para o terceiro lugar do mercado com 335,5 milhões de litros entregues depois de ter fabricado 354,9 milhões de litros em 2018. Já a Oleoplan foi para 326,2 milhões de litros.


Isso permitiu que a Granol de Anápolis reassumisse a liderança do mercado de biodiesel depois de cinco anos. A planta goiana entregou um total de 353,1 milhões de litros com ganhos que beiram os R$ 1,08 bilhão.


Fonte: BiodieselBR

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