Os Estados Unidos querem que a Argentina estabeleça um 'preço mínimo' para o seu biodiesel. A exigência veio logo após o país norte-americano impor taxação de até 64,17% para as importações do combustível argentino. O governo da Argentina, por sua vez, busca agora uma solução rápida para o problema, visando evitar novas restrições.
De acordo com o National Biodiesel Guard, o grupo por trás da denúncia perante o Departamento de Comércio dos EUA, a Argentina faz dumping por ter diferentes impostos sobre exportação de biodiesel (0,13%), óleo de soja (27%) e o grão de soja (30%). De acordo com eles, isso beneficia seu processamento de biodiesel doméstico. Uma possibilidade seria impor cotas para a Argentina com impostos mais baixos.
União Europeia
Se os Estados Unidos resolveram endurecer a relação, a Argentina ganhou um refresco da União Europeia, que diminuiu as taxas que havia imposto sobre o biodiesel do país vizinho (pela mesma acusação de dumping). A taxa de 24,6%, que vigorava desde 2013, era somada aos 4,6% impostos pela UE sobre qualquer importação.
Agora o bloco europeu baixou suas imposições para níveis entre 4,5% e 10%, o que deixa o biodiesel argentino taxado a um teto de 9% a 15%. Com as alterações, os parceiros de Mercosul esperam recuperar até 1,5 milhão de toneladas em vendas.
Fonte: Terra Viva