As empresas aceleram sua transformação antes da chegada do carro elétrico e do impulso das energias renováveis
A pouco mais de um mês da próxima cúpula do clima, em Marrakech, inúmeros fóruns, estudos, projeções e mensagens públicas continuam discutindo as conclusões da cúpula anterior sobre as mudanças climáticas - a COP21 de Paris -, que foi encerrada com o compromisso de que o mundo manterá o aumento médio da temperatura muito abaixo dos dois graus centígrados. 'Gostamos de pensar que faremos isso de uma maneira agradável e controlada, e não vivendo em um planeta hostil, onde desaparecerão grandes populações humanas. Mas, de uma forma ou de outra, teremos que fazer', sorri Dimitri Zenghelis.
Para o pesquisador, é uma questão de escolher entre o susto e a morte. Ao fim de setembro, participou de uma conferência em Madri, na qual lançou um punhado de frases provocativas: 'Embora haja uma enorme quantidade de combustíveis fósseis, grande parte das reservas de gás e carbono terão que ficar debaixo da terra', foi uma delas. 'Agora a temperatura da terra está um grau acima do que era na época pré-industrial. O que aconteceria se a temperatura subisse quatro ou cinco graus? Provavelmente, pensamos que não faria diferença, mas, na última vez que isso ocorreu, havia jacarés nos polos'.
Zenghelis lembrou naquele fórum, organizado pela Câmara de Comércio dos EUA na Espanha e pelo Instituto Elcano, que milhares de empresas, e não apenas os cidadãos, motivam os governos a estabelecerem limites mais exigentes em políticas de meio-ambiente. 'E não o fazem porque se dedicam a criar ursos polares, mas porque querem ser mais eficientes'. A eficiência, de fato, é a palavra mágica que deveria mudar as coisas em um setor que precisa bastante de uma correção de rumo.
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Fonte: El País
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