Ligado ao Instituto de Estudos Aplicados da USP, o pesquisador Paulo Saldiva aproveitou a redução de veículos nas ruas para medir o que aconteceu com o ar da capital paulista
No dia 21 de maio de 2018, caminhoneiros iniciaram uma greve com bloqueios que fecharam estradas. O movimento teve como consequência a falta de diversas mercadorias dentro e fora das cidades, como medicamentos, ração para animais, alimentos, peças, e combustíveis. A ação dos caminhoneiros foi motivada pela alta no preço do diesel e da gasolina no último ano.
Em junho de 2017, o Estado abandonou a política de controle de preços de combustíveis pela Petrobras. Um mês depois, aumentou impostos sobre combustíveis para elevar a arrecadação. Em 12 meses, o litro do diesel, combustível utilizado por caminhões, ficou 12,5% mais caro nas bombas. O governo diz que há indícios de que donos de empresas de transporte impulsionaram as paralisações, que começaram a arrefecer após a promessa de novos benefícios fiscais.
A greve levou à falta de abastecimento de combustíveis nos postos e, consequentemente, à redução visível do trânsito nas grandes cidades. Ligado ao Instituto de Estudos Aplicados da USP (Universidade de São Paulo), o pesquisador Paulo Saldiva aproveitou essa rara oportunidade para medir como a qualidade do ar da cidade de São Paulo ficou com as ruas mais vazias.
Os dados preliminares focaram na concentração de NO2 (dióxido nitroso), um dos poluentes emitidos pela queima de combustíveis fósseis. Ela tomou o padrão de variação da poluição na semana anterior à greve, do dia 14 a 20 de maio, como base de comparação.
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Fonte: Nexo