15 ago 2017 - 05:00
Cidinho Santos diz que MT tem como ampliar biocombustível usado no Brasil
O formato dos incentivos fiscais, a abundância em matéria prima e a demanda crescente, em diferentes meios de transporte, exigem uma produção cada vez maior de biocombustível e, no médio e longo prazo, o maior potencial de produção está em Mato Grosso. A tese é sustentada pelo senador mato-grossense José Aparecido Cidinho Santos (PR), com base na regulamentação pelo governo Michel Temer (PMDB) da Lei 13.263/2016, que representa o novo Marco Regulatório e amplia o antigo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).
Cidinho Santos observou que, em pouco tempo, o programa irá ampliar para toda cadeia produtiva de biocombustível, inclusive bioquerosene destinada para a aviação civil. 'Mato Grosso tem alto potencial para a produção de biocombustíveis para aviação. E, por ser o maior produtor de biodiesel, pode ser também um pioneiro na obtenção de bioquerosene para a aviação', ponderou o senador do Partido da República.
O novo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel tende a ampliar em até 40% o consumo do produto, nos próximos cinco anos, notadamente em frotas de transporte. 'Sem dúvida, teremos o aumento do uso de biodisel no transporte coletivo e transporte de cargas. Mato Grosso é essencialmente agrícola. Temos a matéria-prima, que são as oleaginosas, no caso grão de soja. A grande vantagem do biodiesel e a substitução do combustível fóssil, no caso do diesel', avaliou ele.
'Temos que levar em consideração, primeiro, a ocorrência na redução de custo: hoje o litro do biodiesel está na faixa de R$ 2,40 a R$ 2,50; enquanto o óleo diesel custa de R$ 3,50 a R$ 3,80 com o último aumento do PIS/Cofin. O biodeisel é economia para o consumidor. E, segundo, existe a questão ambiental. Vamos produzir energia limpa, com vantagem inquestionável para o meio ambiente', argumentou Sidinho Santos.
O senador do PR de Mato Grosso cita, como terceiro item de importância no auemtno da producação de biocombustível o provável aumento em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
'Toda a soja exportada em grãos é desonerada. Quando se processa aqui o soja, faz o farelo e faz o óleo. Portanto, recolhe ICMS para o Estado. Agrega valor à nossa produção. O farelo se torna ração de aves, suínos e de bovinos em confinamento. E o óleo vira combustível. Mato Grosso é um Estado de vanguarda, no biocombustível, portanto, vamos avançar após o novo marco regulatório', complementou Cidinho.
Fonte: AgroOlhar