Brasil deve contar com participação maior dos renováveis
Lançado pelo Ministério de Minas e Energia no fim de 2016, o RenovaBio tem como principal premissa auxiliar, por meio de uma política de descarbonização do setor de transporte, a implementação dos compromissos que o Brasil assumiu no Acordo de Paris. Através da valorização dos combustíveis renováveis e do destravamento do investimento na capacidade de produção dos biocombustíveis, o programa visa contribuir para o alcance desses objetivos ambientais. Trata-se, então, da construção de um caminho bem pavimentado para a reformulação da matriz energética de transporte brasileira.
Pelo programa, o Brasil, que é muito dependente dos combustíveis líquidos fósseis, deve passar a contar com participação mais significativa dos renováveis - etanol, biodiesel, biogás e bioquerosene - em sua matriz energética. E os mecanismos para a consolidação desta política são mandatos anuais de emissões - por intensidade carbônica dos diferentes combustíveis utilizados nos motores de veículos leves - que devem ser reduzidas ano a ano. Ou seja, a partir de uma meta definida pelo governo, os diversos agentes da cadeia de comercialização não poderão ultrapassar o volume de emissões.
Como o setor de transporte responde por grande parte das emissões brasileiras, ele é, portanto, um dos pontos principais que precisam passar por mudanças, a começar por um uso maior dos combustíveis renováveis. E isso começa pela revelação ao consumidor que os combustíveis fósseis têm um alto custo social, e que ninguém é penalizado pela poluição gerada.
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Texto de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura, publicado no jornal O Globo