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08 out 2019 - 10:30
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Certificadas no RenovaBio poderão vender 29 milhões de CBios em 2020

Cada CBio é avaliado em US$ 10, mas valor ainda será oficializado


As unidades produtoras certificadas na Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, poderão comercializar perto de 29 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios).


Essa comercialização será realizada em 2020, segundo as metas de descarbonização definidas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).


O valor ainda está em fase de definição, mas cada CBio é estimado em US$ 10.


Sendo assim, se no próximo ano forem comercializados 29 milhões de Créditos, as unidades certificadas irão apurar US$ 290 milhões.


Esses títulos lançarão bases para o primeiro mercado nacional de carbono.


E reconhecem os benefícios ambientais e de saúde pública promovidos pela produção e uso dos biocombustíveis no país.


Venda tem comprador garantido
A venda dos CBios será destinada com prioridade para as distribuidoras de combustíveis.


Elas terão de adquirir os títulos para quitar as emissões de poluentes pelos combustíveis fósseis que comercializaram.


Número de usinas em processo de certificação
A certificação no RenovaBio é aberta para unidades produtoras de biocombustíveis: etanol (de cana-de-açúcar e de milho), biodiesel, biometano e bioquerosene.


Das unidades em operação no país, 96 delas estão em processo para obter o Certificado da Produção Eficiente de Biocombustíveis.


A informação é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Das 96 unidades, 16 unidades já encerraram o período de consulta pública e entraram na fase final de auditoria dos dados pela Agência.


“Como é o primeiro ano, vamos ser rigorosos para dar credibilidade ao programa e criar um padrão elevado de certificação”, explica Aurélio Amaral, diretor da ANP, em relato para a imprensa.


“É importante que os produtores iniciem o quanto antes o processo porque tem a consulta de 30 dias e o tempo da auditoria, em que podem surgir não-conformidades ou informações que precisem ser complementadas.”


Como é feito o processo
O processo de certificação da unidade produtora começa com o trabalho de levantamento das informações do chamado ciclo de vida: do cultivo da cana à entrega do etanol no posto.


Esses dados serão preenchidos na RenovaCalc para comprovação.


Com essa etapa concluída, o produtor de biocombustível deve contratar uma empresa certificadora para auditoria das informações e colocação em consulta pública.


Após o período de 30 dias, a ANP audita os formulários levando em consideração os comentários recebidos durante a consulta pública e concede o Certificado de Produção Eficiente de Biocombustível.


A certificação junto à ANP garante à unidade produtora o direito para a emissão dos CBios correspondentes ao volume de biocombustível comercializado a partir de 24 de dezembro de 2019.


A data 24/12 refere-se à entrada em vigor do RenovaBio, programa de Estado que precisa vigorar dois anos após sua criação nesse mesmo dia em 2017.


Fonte: Jornal Cana

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