A parcela atual é de 43% e crescimento será possível com a ampliação de biocombustíveis na matriz de transportes O Brasil é o país com a maior participação de fontes renováveis na matriz energética, segundo o Relatório sobre Mercado de Energias Renováveis 2018 da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O estudo projeta que o país terá o correspondente a 45% de fontes renováveis no consumo final de energia em 2023, principalmente com os biocombustíveis nos transportes e na indústria e das hidrelétricas, no setor elétrico. Atualmente, esse percentual corresponde a cerca de 43%.
O relatório aponta que o ano de 2020 será "crucial" para as políticas de biocombustíveis ao redor do mundo pois entrará em vigor na China a mistura obrigatória de 10% de etanol à gasolina. A política de biocombustíveis anunciada na Índia, que pretende investir em biorerefinarias, também deverá resultar em aumento da produção no período.
No Brasil, o RenovaBio, regulamentado neste ano, também é citado com incentivo aos investimentos em nova capacidade instalada e na produção de usinas existentes. De acordo com o levantamento, a
bioenergia moderna (etanol, biodiesel) representou 50% do consumo energético global oriundo de fontes renováveis no ano passado, quatro vezes mais que as fontes solar fotovoltaica e eólica combinadas.
Projeção global
Em 2023, segundo a projeção da AIE, a
bioenergia deverá permanecer como a principal fonte de
energia renovável, "embora sua participação proporcional deva diminuir ligeiramente, devido à expectativa de aceleração da expansão das fontes eólica e solar fotovoltaica no setor elétrico". O relatório projeta que a participação de fontes renováveis na demanda energética global deverá aumentar para 12,4% em 2023, um quinto a mais que no período entre 2012 e 2017, e que as energias renováveis vão responder por cerca de 40% do crescimento do consumo energético mundial projetado para os próximos cinco anos.
Fonte:
Agência Brasil