Trocar informações e experiências sobre as políticas de biocombustíveis do Brasil e dos Estados Unidos foi a tônica da missão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) enviada ao país norte-americano. O diretor-superintendente da APROBIO, Julio Minelli,
participou da delegação, que deu início às visitas e reuniões na segunda-feira (11).
A agenda da comitiva, liderada pelos diretores da ANP Aurélio Amaral e Felipe Kury, incluiu reuniões no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington
(foto acima), e nos Departamentos de Meio Ambiente e de Energia, entre outros. 'Além de agregar informações para o nosso programa, essa missão foi uma maneira de divulgar as políticas brasileiras, as metas, e mostrar aos americanos que estamos compromissados com a redução das emissões de gases de efeito estufa', disse Minelli.
Depois da passagem por Washington, a missão brasileira seguiu para Sacramento, na Califórnia. A delegação obteve informações sobre duas políticas dos EUA para os biocombustíveis: o
Renewable Fuel Standard (RFS), mantido pela United States Environmental Protection Agency (EPA); e o
Low Carbon Fuel Standard (LCFS), regulado pelo California Air Resources Board (CARB). O programa nacional de combustíveis renováveis dos EUA prevê a produção de 136 bilhões de litros de biocombustíveis até 2022.
Na sexta-feira (15), último dia da visita, os brasileiros participaram de um workshop com o UC Davis Policy Institute for Energy, Enviromment & The Economy e o Institute of Transportation Studies.
De acordo com Julio Minelli, os americanos foram bastante receptivos e abertos à troca de informações, principalmente em relação ao programa da Califórnia. 'Ele é mais parecido com o que o Brasil está se propondo a fazer e, por isso, foi importante aprendermos com a experiência deles, para evitarmos que se repitam os mesmos erros ou obstáculos que eles enfrentaram aqui', afirmou o dirigente da APROBIO.
Estados Unidos e Brasil são os dois maiores produtores mundiais de biocombustíveis. Por isso, a missão brasileira enviada aos EUA foi fundamental para alinhar procedimentos e políticas, de modo a fortalecer as ações para ampliação desse mercado não só nos dois países, mas em todo o mundo.
'A troca de informações dessa missão foi muito importante: são os dois maiores produtores mundiais, que buscam um alinhamento para transformar os biocombustíveis em uma commodity internacional', afirmou Julio Minelli.
Em 2017, os americanos fabricaram 67,7 bilhões de litros e os brasileiros, 32,8 bilhões de litros. Somados, os dois países respondem por mais de 70% da produção mundial de biocombustíveis.
Confira algumas imagens dos encontros
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