05 fev 2018 - 01:00
Argentina reitera preocupação com tarifas dos EUA ao biodiesel
Buenos Aires, 4 fev (EFE).- O governo argentino insistiu neste domingo a preocupação que tem com as tarifas de até 72% que os Estados Unidos impuseram ao biodiesel da Argentina e mostrou interesse em continuar trabalhando para resolver o assunto.
"Temos um diálogo que ainda nos permite buscar soluções em nível bilateral e nas quais estivemos trabalhando nestes dois meses", apontou o ministro de Relações Exteriores argentino, Jorge Faurie, em coletiva de imprensa com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, na sede órgão em Buenos Aires.
A decisão dos Estados Unidos de aplicar um imposto de 71,45% a 72,28% ao biodiesel - medida que também afeta a Indonésia - entrou em vigor no começo do ano. O sindicato do setor pediu para recorrer na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A reunião de Faurie e Tillerson, parte da agenda oficial do americano ao país, se centrou principalmente na colaboração de ambos os países para colocar em prática ações dirigidas a acabar com o tráfico de drogas e com o terrorismo.
"Falamos sobre trabalhar de maneira conjunta para combater estas organizações que se dedicam a lavagem de dinheiro, tráfico de pessoas e vinculação com organizações que realizam atividades terroristas", revelou o chefe da diplomacia americana.
Faurie destacou que, atualmente, a América Latina é "uma zona de paz" e "não pode ser comprometida" por "grupos externos" que operam na região para buscar financiamento ou cometer ações terroristas.
Tillerson também disse que os dois compartilharam "preocupações" sobre a situação na Síria e, em particular, sobre o possível uso de armas químicas pelo Executivo em Damasco contra a oposição.
Além disso, revelou que os Estados Unidos solicitaram à Rússia que "cumpra com o seu papel como fiador da eliminação" de armas químicas, que não vete as resoluções que são necessárias para investigar este tipo de situações e que forneça "um relatório claro" sobre o que está acontecendo no conflito.
Fonte: EFE