BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina está elevando o imposto sobre a exportação de biodiesel para 15%, ante os atuais 8%, a partir de 1º de julho, segundo decreto publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira(28).
A Argentina é um dos maiores fornecedores mundiais de biodiesel, exportando 1,65 milhão de toneladas em 2017, mas foi atingida por tarifas de retaliação nos últimos anos. A Comissão de Comércio Internacional dos EUA acrescentou direitos anti-dumping de 60,44% a 276,65% a altas taxas de anti-subsídios sobre o biodiesel importado da Argentina e da Indonésia.
A Câmara de Exportadores do CIARA-CEC disse à Reuters no início deste mês que também espera que a União Européia pare de importar biodiesel impondo novas tarifas em setembro ou outubro próximos.
O decreto, assinado pelo presidente Mauricio Macri, pretende "continuar fomentando a convergência" entre os impostos de exportação de biodiesel e os impostos de exportação de óleo de soja. O país é o maior fornecedor mundial de óleo de soja usado para cozinhar e produzir biodiesel. O grupo local de biocombustíveis Carbio se recusou a comentar os novos impostos.
Quando Macri assumiu a presidência, em uma plataforma favorável aos negócios em 2015, o imposto de exportação de soja foi fixado em 35%. Em 2018, o imposto inicial era de 30% e vem sendo cortado em meio ponto percentual a cada mês, medida que deve durar dois anos. Atualmente, ele está em 27,5% enquanto o imposto sobre as exportações de óleo de soja e farelo de soja gira em torno de 25,5%.
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Fonte: Reuters