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30 jan 2017 - 11:24
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Aquecimento da Terra

Além dos acontecimentos políticos, econômicos e sociais, que colocaram fervura na água, 2016 foi literalmente o ano mais quente, desde 1880, quando começaram os primeiros registros históricos da temperatura. Os dados são da Nasa e da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. Segundo os cientistas, a média da temperatura da superfície da Terra ficou em 0,94ºC acima da média registrada no século 20, de 13,9%. Desde o século 20 o recorde anual de temperatura global foi quebrado cinco vezes (2005, 2010, 2014, 2015 e 2016). Este é o terceiro ano consecutivo em que o recorde é novamente superado.

Os motivos das altas temperaturas podem ser atribuídos a diversos fatores, que têm origem nas ações humanas, também conhecidas como antrópicas, aos fenômenos da natureza. Algumas das transformações que afetam o planeta já são visíveis, principalmente pelas conseqüências que elas provocam, outras só podem ser mais bem analisadas a partir de estudos aprofundados e do uso de instrumento de alta tecnologia.

Do ponto de vista científico, muito do calor recorde sentido no planeta pode estar diretamente relacionado ao aumento das temperaturas nos oceanos. De acordo com um documento o divulgado pela Nasa, essas alterações são provocadas pelos efeitos do El Niño, fenômeno caracterizado pela elevada temperatura das águas do oceano Pacífico, sobretudo nos primeiros meses de 2016.

Na análise dos cientistas, durante o ano passado, os meses de janeiro, março, abril, junho, julho e agosto, estão entre os 12 meses mais quentes em 137 anos. Esses levantamentos devem ser interpretados como sinais de alerta. De acordo com a Nasa, essas temperaturas estão atingindo níveis que podem ameaçar nossa civilização.

A Organização Meteorológica Mundial em Genebra, na Suíça, confirmou as descobertas dos Estados Unidos, e observou que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e de metano atingiram níveis recordes e já estão afetando alguns países e outros pontos estratégicos da terra. Um dos mais atingidos é a Itália, que em 2016, ficou em quarto lugar entre os países mais quentes, com uma temperatura 1,24 graus mais alta que a média para o período.

Os levantamentos dos organismos internacionais que estudam as mudanças climáticas apontam que o Ártico começou a entrar em colapso. O aquecimento na região no ano foi de 4oC acima da média de 1951 a 1980. Isso causou uma redução de 12,58% na cobertura de gelo marinho permanente. Essa mudança é a menor já registrada num ano desde o início das medições com satélites, há 38 anos. Os efeitos são tão devastadores que o derretimento está acontecendo em pleno inverno. Para os cientistas, o Ártico está aquecendo de duas a três vezes mais rápido que o resto do mundo.

O que assusta é que esses dados foram divulgados antes mesmo da posse de Donald Trump, que manteve o posicionamento de incredulidade diante do aquecimento global. Uma prova disso foi a revogação do "Plano de Ações Climáticas" americano instituído pela Gestão de Barack Obama. Essa medida implicou em cortes de pesquisas a respeito do tema. Na avaliação de algumas organizações não-governamentais, se depender do novo governo dos EUA, outros recordes virão.

Mesmo morando "num País tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza", os brasileiros também estão sentindo de perto as mudanças climáticas. O Nordeste do Brasil, que já vinha sendo impactado por quatro anos de chuvas abaixo do normal, teve uma estiagem extremada. No Brasil, 2.034 municípios estavam em situação de emergência em novembro de 2016, 1.522 deles no Nordeste. Nem mesmo o planalto central foi poupado. A consequência imediata é que Brasília entrou em situação crítica de abastecimento de água pela primeira vez.

Em 2016, entrou em vigor o Acordo de Paris, o primeiro acordo vinculante contra as mudanças climáticas que envolvem todo o planeta. Ele tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial "muito abaixo de 2°C", mas "reúne esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C", em relação dos níveis pré-industriais.

Mesmo que as ações do novo governo americano sejam contrárias à qualquer política que estabeleçam limites para os países mais industrializados em relação à emissões de gases poluentes, o Acordo de Paris é irreversível. Ele não depende da anuência de Donald Trump e já está valendo.

Fonte: Jornal O Progresso
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