Diante da grave crise de abastecimento e em defesa da imediata volta à normalidade das atividades de transporte, visto que reivindicações legítimas foram atendidas e que não é mais possível continuar com o país paralisado, a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (APROBIO) vem a público informar que:
1) A cadeia produtiva do biodiesel ofereceu ao governo, no último dia 23 de maio, medidas de curto prazo que podem contribuir para a diminuição do preço dos combustíveis e aumentar a previsibilidade desse custo para todos os agentes econômicos envolvidos;
2) Entre as mais efetivas, que implicaria em redução imediata de R$ 0,13 no preço do combustível na bomba, está a adoção da mistura de 15% de biodiesel, o chamado B15, ao diesel fóssil vendido nos estados do Centro-Oeste, região que concentra alta produção do biocombustível e está distante das principais refinarias do país;
3) Além disso, a APROBIO propôs à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a flexibilização do uso do B100, isto é, combustível com 100% de biodiesel, para o abastecimento de veículos de serviços essenciais à população, como ambulâncias, viaturas policiais, ônibus, caminhões de coleta de lixo, entre outros;
4) A ANP por ora autorizou apenas a flexibilização para um maior uso do diesel fóssil e eventual redução dos 10% de biodiesel exigidos pela lei, medida que a APROBIO avalia ser contraproducente para o enfrentamento da crise de abastecimento;
5) Em virtude disso, as associadas da APROBIO tiveram sua produção totalmente paralisada, com grandes prejuízos a empresários e trabalhadores e comprometimento dos avanços obtidos desde a adoção da mistura B10, em março passado. O setor de biodiesel foi gravemente prejudicado com a interrupção de suas atividades, deixando de produzir riqueza e trabalho ao país;
6) O momento exige soluções eficazes e que efetivamente amenizem as graves consequências de tão longa paralisação: cidades de todos os portes enfrentam falta de combustível, a população tem dificuldades para manter suas atividades diárias, a atividade escolar de crianças e jovens foi comprometida e até serviços emergenciais de saúde estão sob risco;
7) No campo, também sentimos os prejuízos decorrentes da crise de abastecimento e da interrupção dos serviços de transporte, o que compromete a produção das indústrias agropecuárias e provoca prejuízos ainda incalculáveis a todos os setores da economia nacional;
8) Diante das concessões feitas pelo governo em atendimento às reivindicações da greve dos caminhoneiros, parte delas justa e bem-vinda, conclamamos as diversas lideranças e os manifestantes autônomos envolvidos no movimento a retomarem a normalidade dos serviços de transporte, para que o bem-estar do povo brasileiro seja colocado à frente de quaisquer outros interesses e para que o país possa retornar à normalidade o mais breve possível.
APROBIO
Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil
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aqui para acessar o ofício protocolado (domingo, 27/5) pela Aprobio junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Abaixo, pleito entregue pelas entidades do setor ao Ministério de Minas e Energia na última semana.
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Daniela Garrafoni - daniela.garrafoni@analitica.inf.br