Em painel realizado nesta terça-feira (24), na Arena ANTP, em São Paulo, o presidente do Conselho de Administração da APROBIO, Erasmo Carlos Battistella, defendeu a ampliação da gama de biocombustíveis produzidos no Brasil a partir da agregação do diesel renovável (HVO, na sigla em inglês) e do querosene de aviação renovável (SPK) à fabricação de etanol e biodiesel já existentes no país.
'Nós da APROBIO defendemos o B e o H', afirmou Battistella, em referência às iniciais do biodiesel e do Hydrotreated Vegetable Oil, ou Óleo Vegetal Hidrogenado, em português. 'A atual mistura B11, que vai chegar a B15 em 2023, poderia começar com H1, por exemplo, mas poderia chegar a H89. O biodiesel já é uma realidade, e o HVO é uma oportunidade para consolidar o Brasil como maior produtor de biocombustíveis no mundo.'
O painel Matriz Energética Brasileira apresentou desde dados e especificações técnicas do diesel renovável à necessidade de regulamentação e formulação de políticas públicas para o início da produção e do consumo de HVO no país. Entre os participantes, formou-se um consenso de que é hora de o Brasil 'despertar' para a ampliação da gama de biocombustíveis e agregar à expertise do etanol e do biodiesel a inovação e os avanços dos demais produtos.
Participaram da mesa, além do presidente do Conselho de Administração da APROBIO: Christian Wahnfried, coordenador de diesel/biodiesel da Associação de Engenharia Automotiva (AEA); Henry Josef, diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); Francisco Christovam, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss); Renato Godinho, chefe da Divisão de Energia Renovável do Ministério das Relações Exteriores; e Ricardo Pinto, consultor sênior da Petrobras. A mediação foi do jornalista William Waack.