O 61º Leilão de Biodiesel da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi histórico. Foram superadas marcas importantes em relação às edições anteriores, o que demonstra a força e a capacidade do setor em prol do desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Ao mesmo tempo, rechaçamos quaisquer novas tentativas de atribuir ao biodiesel responsabilidades que não lhe cabem ou de denegrir a imagem de um produto limpo, sustentável e 100% nacional.
O biodiesel, com o mecanismo dos leilões bimestrais, já adota uma política de reajuste de preços a cada 60 dias, e não diária. Com isso, é possível ter previsibilidade de custos para a cadeia de combustíveis e para os consumidores. Sem falar que, em decisão que vai na contramão da tendência mundial de redução de uso de combustíveis fósseis e estímulo aos biocombustíveis, o governo federal ofereceu subvenção de R$ 0,30 ao diesel derivado de petróleo, principalmente ao importado, mas não ao biodiesel brasileiro, que gera emprego e renda no país e contribui para a diminuição da emissão de poluentes.
Por demanda das distribuidoras, o L61 bateu recordes e superou pela primeira vez a
marca de 1 bilhão de litros arrematados. Apesar dos problemas provocados pela greve dos caminhoneiros, com a paralisação da produção nas usinas em maio, o setor ofertou o maior volume do produto na história: 1,040 bilhão de litros, dos quais foram arrematados 1,008 bilhão.
Esse também foi o mais longo leilão da história, com 33 horas de duração. Com o aumento da procura, o preço médio subiu 8,5% em relação ao L60, mas tanto o produto arrematado agora quanto o valor negociado entram em vigor apenas em 1º de julho.
Como entidade de classe privada, a APROBIO defende e respeita as regras do livre mercado, mas também é sensível à necessidade de políticas públicas coerentes para um setor tão estratégico quanto o de combustíveis. O que esperamos é que todos os demais agentes envolvidos, governamentais e empresariais, também respeitem e exerçam tanto as regras do livre mercado quanto as da boa concorrência.
Fonte: Visão APROBIO
Para assinar a newsletter mande um e-mail para visaoaprobio@aprobio.com.br