Há quatro anos, os pesquisadores britânicos verificaram mudanças sem precedentes nos musgos do extremo sul da Península Antártica. Segundo Amesbury, o novo estudo mostra que o fenômeno ocorre em toda a península, que é a parte mais setentrional da Antártida e fica relativamente perto da América do Sul.
Amesbury e seu colegas analisaram amostras de solo coberto por musgos, recolhidas nas ilhas Elefante, Ardley e Green, numa distância de 640 quilômetros. Nessa região está a camada de musgos mais grossa e antiga da Antártida, que só tem 0,3% de cobertura vegetal.
As amostras permitiram aos cientistas entender melhor a evolução do clima na região e o crescimento das plantas nos últimos 150 anos. A análise mostrou que o crescimento claramente se acelerou nos últimos 50 anos.
A Península Antártica é uma das regiões mais afetadas pelo aquecimento global. A temperatura média no continente subiu 0,5 grau Celsius por década desde os anos 1950. Chuvas e ventos são mais frequentes hoje.
O diretor do projeto de pesquisa, professor Dan Charman, disse que os ecossistemas na Antártida vão se alterar profundamente com a constante elevação das temperaturas. "Vamos observar como a Antártida vai se tornar cada vez mais verde, a exemplo do que já observamos no Ártico", disse.
Fonte: AFP
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