Escola em Campina Grande do Sul, no Paraná, vira posto de coleta para reduzir descarte no meio ambiente
Qual é o destino que você dá para o seu óleo de cozinha usado? No Brasil, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, menos de 1% do óleo de cozinha utilizado pela população recebe o descarte correto. O dado é alarmante se levarmos em conta que cada litro de óleo pode contaminar até 20 mil litros de água, poluindo rios e afluentes importantes para a natureza.
Essa foi a pergunta norteadora do trabalho realizado pela professora Expedita Estevão, da Escola Municipal Augusto Staben, em Campina Grande do Sul. 'Durante o projeto que estamos desenvolvendo sobre meio ambiente surgiu a curiosidade sobre o descarte correto de óleo. Os alunos ficaram muito preocupados, pois falaram que em suas casas o óleo é descartado na pia, no vaso sanitário ou no quintal', contou Expedita.
A partir daí, alunos e professora pesquisaram a melhor forma de descartar o resíduo e a resposta estava em uma matéria da Gazeta do Povo intitulada
Uma ideia azul contra a poluição. A reportagem é sobre uma iniciativa paranaense chamada Oliplanet, um instrumento que facilita a separação do óleo para descarte.
A descoberta chamou a atenção de toda a comunidade escolar, que resolveu entrar em contato com o Instituto Ecossolidariedade. Lá, foram informados que o projeto da Oliplanet arrecada os resíduos de óleo de cozinha e vende para que sejam transformados em biodiesel. O dinheiro arrecadado é todo revertido ao tratamento de dependentes químicos. O contato foi tão proveitoso que hoje a escola se tornou um ponto de coleta para a Instituição fabricante do Oliplanet.
Transmissão de conhecimentos
Após o estabelecimento da parceria, faltava educar os pais e a comunidade escolar sobre a importância da coleta de óleo. A turma da professora Expedita elaborou cartazes e folhetos e realizaram uma blitz educativa na cidade, com o apoio da Guarda Municipal.
Para a professora , o mais importante do trabalho foi o exercício da cidadania. 'O Ler e Pensar possibilitou aos alunos exercer a cidadania na prática. Preocupados com o meio ambiente, repassaram o que aprenderam e contribuíram para uma vida melhor na comunidade que integram', disse . Expedita foi vencedora do Concurso Cultural Ler e Pensar em 2016 com um
projeto sobre ética e o jeitinho brasileiro.
Fonte: Gazeta do Povo