A Agência de Proteção do Ambiente (EPA, na sigla em inglês) vai "abrir mão" de pelo menos cinco a nove cientistas e admite substitui-los por representantes das indústrias dos combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.
A medida, confirmada nesta segunda-feira (08) por um porta-voz da EPA à agência EFE, é mais um passo nos objetivos da Casa Branca de alterar a atuação da agência, encarregada de zelar pela defesa do ambiente, para que dê prioridade à criação de emprego em indústrias como a do carvão, em detrimento da luta contra as alterações climáticas.
O porta-voz da EPA, J.P. Freire, não quis confirmar à EFE quantos cientistas serão removidos da Junta, um número que o diário "The New York Times" quantificou em cinco e o "Washington Post" em nove.
Segundo Freire, a agência não quer garantir automaticamente a presença dos cientistas, designados para a Junta pelo Presidente Barack Obama, preferindo "considerar de forma justa" as centenas de candidaturas que a EPA recebeu para integrar esse órgão consultivo e assim escolher os melhores qualificados.
Freire confirmou assim que o administrador da EPA, Scott Pruitt, vai considerar a possibilidade de nomear para a Junta técnicos vinculados às indústrias cuja contaminação a agência supostamente deve regular, o que alarmou várias organizações científicas e de proteção do ambiente.
"Isto é parte de um plano para que a ciência não se intrometa nos esforços (da Casa Branca) para eliminar as regulações" na indústria dos combustíveis fósseis, disse o presidente da Union of Concerned Scientists (UCS, na sigla em Inglês), Ken Kimmell, ao New York Times.
Fonte: Portal JN
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