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28 dez 2018 - 09:33
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A vitalidade do agronegócio

As primeiras estimativas já apontam para novo recorde de produção de grãos nesta safra que se intensificará nas próximas semanas. O entusiasmo do agronegócio está em alta, o que, por si só, é boa ajuda para obtenção de bons resultados. Quanto mais animado o agricultor, mais a cultura de soja responde com aumento da produção.

Ninguém mais se lembra das histórias do Jeca Tatu. Produtividade e competitividade vêm crescendo ano a ano, a incorporação de novas tecnologias até mesmo em áreas pioneiras impressiona qualquer observador, a demanda mundial por proteína vegetal é crescente, graças à inclusão de grandes massas ao mercado consumidor, sobretudo na Ásia. Até a terceira semana de dezembro, o agronegócio foi responsável neste ano por exportações de mais de US$ 100 bilhões, o equivalente a 42% do total de exportações brasileiras no período.

Esses resultados vêm surpreendendo redutos conservadores do Brasil, especialmente o das velhas esquerdas, para as quais dar força à agricultura significa apostar no Brasil-fazendão, em prejuízo da indústria e do baixo emprego de mão de obra.

Na verdade, essas esquerdas toscas nutrem velhos preconceitos, como o de que o setor dispensa mão de obra à medida que se mecaniza e, portanto, deixa de contribuir para o crescimento do proletariado, sem o qual não se pode contar, pensam eles, com a superação da economia capitalista. Não são capazes nem sequer de avaliar a expansão do segmento de serviços diretamente proporcionado pela produção agropecuária.

Mas há preconceitos ainda mais tacanhos, como os dos dirigentes do MST para os quais o agronegócio favorece a monocultura e os transgênicos, como se eles fossem um mal em si mesmos, e por isso matam a agricultura familiar. Daí os ataques e a destruição de canaviais, de áreas de florestamento e de experimentos realizados por institutos de desenvolvimento de novas variedades agrícolas e de grandes produtores de sementes.

Mas, apesar do jogo contra, o setor vem ganhando de goleada. Estudo recente do Ministério da Agricultura projeta avanço de 30% na produção brasileira de grãos nos próximos dez anos, estimativa que pode ser considerada conservadora. Observadores mais otimistas apontam para o mesmo período crescimento próximo dos 100%, número aparentemente mais cabalista do que realista. No entanto, reflete o nível das expectativas espraiadas no Brasil, que não levam em conta a ocorrência de eventuais imponderáveis, a que sempre está sujeita a atividade do campo.

Excelências e otimismos à parte, não dá para ignorar os obstáculos. O primeiro deles tem a ver com a dispendiosa, precária ou até mesmo inexistente infraestrutura. O suprimento de insumos e o escoamento da produção esbarram nas péssimas condições de transporte e instalações portuárias, situação que talvez seja mais bem compreendida quando se compara o que há com o que poderia ser e ainda não é. Quando estiver em funcionamento, a Ferrovia Norte-Sul, por exemplo, poderá reduzir em até 40% os custos de produção e escoamento da soja do Centro-Oeste, calculam técnicos do setor.

Outro grave obstáculo são os descuidos recorrentes nas questões ambientais e de garantia de qualidade do produto. A força do agronegócio do Brasil já incomoda a concorrência, não só a da ultraprotegida Europa, mas, também, a dos Estados Unidos. Como não pode alegar deslealdade nas práticas de comércio, certamente se apegará a argumentos protecionistas não tarifários, como a supostas infrações na área ambiental, a falhas na especificação de produtos ou à inobservância de critérios fitossanitários, como já está acontecendo no setor de proteína animal.

Também começam a se intensificar no mundo suspensões de contratos de importação de mercadorias para cuja produção supostamente se emprega trabalho infantil ou semiescravo, seja lá o que isso de fato signifique.

Enfim, depois de um passado econômico dependente das exportações de açúcar e de café, o Brasil desfruta agora de grande oportunidade histórica no agronegócio, desde que o setor se empenhe em enfrentar os problemas.

Muita coisa pode ser feita por iniciativa dos próprios produtores agrícolas, como construção de armazéns, de estradas vicinais e de pontes -- sem esperar que o governo se mexa e que depois cobre a conta, do jeito e com os métodos dele. Do governo se espera mais que não faça besteiras ou, simplesmente, que não atrapalhe essa marcha.

Fonte: Estadão
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