Confira as alternativas mais promissoras e as que já estão sendo usadas para substituir os combustíveis fósseis
Já existem mais de um bilhão de carros no mundo - a marca foi alcançada em 2010. A previsão é de que em 2040, o planeta tenha dois bilhões de automóveis circulando pelo planeta, e precisando de combustível. Mas, para os combustíveis fósseis - petróleo, carvão e gás natural -, o fim pode estar próximo, já que as suas reservas são finitas.
Até quando eles vão durar? Muitas previsões sobre o fim das fontes de combustíveis fósseis já erraram, porque a descoberta de reservas e a tecnologia para explorá-las evoluem com o tempo. Algumas previsões atuais calculam que as reservas de petróleo podem
se esgotar em cinco décadas. De toda forma, as pesquisas sobre alternativas renováveis e mais limpas aos combustíveis fósseis andam a todo vapor.
Quais são os combustíveis que abastecerão os veículos no futuro? Eles terão que responder as demandas por combustíveis menos poluentes e mais eficientes. De velhos conhecidos a novíssimas tecnologias, confira alguns deles na lista a seguir:
O bom e velho álcool
O álcool etílico, ou etanol, é velho conhecido dos brasileiros. Desde os anos 1970, quando aconteceu a crise do petróleo após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil usa o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar como combustível. Hoje, a indústria automotiva brasileira produz veículos com capacidade de funcionar com qualquer proporção da mistura de gasolina e álcool. A legislação brasileira também determina a proporção de álcool anidro misturado à gasolina, que hoje é de 27%.
Por ser de origem vegetal - no Brasil, a matéria-prima é a cana-de-açúcar, mas nos Estados Unidos, por exemplo, o álcool é produzido a partir do milho - o etanol é considerado um combustível renovável. A vantagem dos combustíveis renováveis para o meio-ambiente é que uma quantidade equivalente à do dióxido de carbono lançado na atmosfera na sua produção é absorvida pela plantação por meio da fotossíntese. Já no caso dos combustíveis fósseis, a queima lança na atmosfera o carbono que estava armazenado havia milhões de anos em material fossilizado. Esse dióxido de carbono contribui para o efeito estufa e o aumento da temperatura da Terra. Além disso, as reservas dos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) vão se esgotar um dia.
O uso de etanol de cana-de-açúcar reduz em média 89% a emissão de gases do efeito estufa, segundo a Agência Internacional de Energia.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram vendidos 3,99 milhões de metros cúbicos de etanol hidratado no Brasil entre janeiro e março de 2018. No mesmo período, o volume total de todos os combustíveis vendidos no Brasil (etanol anidro, etanol hidratado, gasolina comum e de aviação, GLP, óleo combustível, óleo diesel, querosene de aviação e querosene iluminante) foi de 32,74 milhões de metros cúbicos. Ou seja, o etanol hidratado representou cerca de 12,2% das vendas de todos os combustíveis nos primeiros três meses de 2018 no Brasil.
Biodiesel de óleos vegetais
O biodiesel é derivado de óleos vegetais ou gorduras animais e pode ser usado em carros e caminhões com motores a diesel. Assim, ele também é um combustível renovável. Desde março de 2018, o diesel brasileiro tem 10% de biodiesel em sua composição, estipulados pelo Conselho Nacional de Política Energética.
Muitos vegetais
podem ser usados na produção do biodiesel no Brasil, como o girassol, amendoim, mamona e soja. Atualmente, 75% da produção brasileira é feita com óleo de soja, 20% com gordura animal e o restante com fontes diversas, como o dendê, óleo de algodão e canola.
O biodiesel é produzido em uma reação chamada de 'transesterificação', em que o óleo vegetal é misturado com um álcool, que pode ser etanol ou metanol, e estimulado por um catalisador. Essa reação gera o óleo biodiesel e glicerina, que é aproveitada na fabricação de sabonetes.
A produção nacional de
biodiesel puro vem crescendo a cada ano no Brasil. Segundo a ANP, no ano de 2006, foram produzidos 69 mil metros cúbicos do combustível. Em 2017, o volume chegou a mais de 4 milhões de metros cúbicos de biodiesel puro produzido no Brasil.
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Fonte: Gazeta do Povo